terça-feira, 20 de novembro de 2007

A uma mulher intrigante

Inversão de perspectiva
Faço da vida uma aventura apaixonante contra a repressão e os egos falsos, isso talvez não interesse. E se sonhar é bom, viver então é arder em desejos. E como música de fundo: o embalo do meu coração.

Minha idade é um canhão de átomos, consumida pelo tempo. Por amor, seria um tolo, porém não tolo o suficiente para fazer deste amor uma cruz. E se você fosse sinônimo deste amor, só o seria porque me amo acima de tudo. Minha tristeza sempre será um mistério diante dos momentos felizes; a vida nunca me traiu, as pessoas, ingenuamente, muitas vezes. Quanto ao futuro, melhor deixá-lo para o futuro.

A dor psicológica pode ser superada com um lapso da consciência ou da loucura: a minha ou a sua. E no movimento de um diálogo humano, podemos superar qualquer dor, pois somos mais fortes não porque queremos, mas porque temos tal consciência. A alegria sempre será bem-vinda, pois é a prova dos nove.
Interessa-me se esta história é real, sem ser apenas mais uma história. Lembro de uma história-anedota: “A criança faz uma pergunta ao vovô. O vovô não sabe responder. Ou seja: uma vida toda para história nenhuma, conhecimento nenhum”. Cultivemos a cumplicidade humana.

Não quero ver apenas a beleza, mas senti-la com os sentidos que ardem na perspectiva da totalidade da vida. E se existem vários deuses, porque eu não ser um. E se Deus existe belo e forte, tem que ser assim como você. Quanto ao fracasso, esqueço-o sem esnobá-lo, aprendi a desconhecer o arrependimento, pois muito maltratou minha alma. Sim à Lua e a toda beleza que ela pode comportar. O poeta aponta a lua, o idiota vê o dedo.
O dinheiro é uma loucura em si. Porém o que ele representa é uma quimera. Como um pedaço de papel poderia determinar uma relação demasiado humana? A relação que ele causa é tão abstrata quanto esta do orkut, porém as palavras parecem-me sensatas e concretas. Desprezo todo sentimento de tristeza, desespero, machucado até os ossos que engendrou grandes produções hollywoodianas e fazem parte do mito fundador da sociedade do espetáculo, cujas coisas não são, parecem ser. Fico com a inocência das crianças que tudo sabem e tudo fazem sem a censura da moral do homem moderno.

O fogo purifica!

O momento histórico nos contém!!

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